O olhar
o porte
o decote
as narinas ferinas
a formosura
a postura
ecoaram no meu espírito em rimas
deixando imaginar um belo mote de poema
talvez um perfeito soneto de amor
Até o “olá” com que se insinuou
me soou a verso de encantar
Seria ela a borrar a pintura
porém
Só os dois sabemos porquê
Que seja ela a contá-lo a toda a gente
mas só depois de ter lido este poema
É pena
Ela nada tinha de poesia
era tão somente fantasia
Qualquer poeta sabe que muitas vezes
é pior a emenda que o soneto!
Vale de Salgueiro, sábado, 3 de Setembro de 2011
Henrique António Pedro
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