O céu comum
é o tecto do mundo
feito
de nuvens e de sonhos
e ponteado
de estrelas
Com
buracos medonhos
de imaginação
por
onde escorre a chuva
quando
os anjos obreiros
a
mando de Deus
lavam
o além
E
revoadas de pássaros de arribação
se escapam
do paraíso
para
vir alegrar o ar
e aplacar
a fome a guerra
na
Terra
De um
desses buracos eu caí
em
dia de trovoada
numa
noite iluminada
por
relâmpagos de paixão
vaidade
e
fantasia
A
esse céu de nostalgia
onde
mora a felicidade
procuro
agora
em
vão
regressar
de verdade
pela
escada da poesia
Vale de Salgueiro, sexta-feira, 31 de março de
2017
Henrique António Pedro
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