Arranco uma pedra
uma ideia
cheia
tamanha
da
montanha em que medra
a
inspiração
Uma
pedra de angústia
de dor
de amor
um
seixo de saudade
Um
penedo de coragem
de medo
ou
desilusão
Olho-a
na perspectiva da verdade
burilo-a
com os olhos e os ouvidos
afino-lhe
a imagem
com
os cinco sentidos
Martelo-a
com o coração
afeiçoo-lhe
o metro e a rima
adoço-lhe
a entoação
e
douro-a de fantasia
Assim
humildemente componho
uma
peça de poesia
que exponho
ao
olhar da multidão
Na
ideia de que será digna de figurar
nalguma
antologia
paradigma
de criação
Vale de Salgueiro, 5 de Maio de 2008
Henrique António Pedro
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