Risco
um verso
acende-se
um poema
e mais
se ateia a lareira da saudade
Assim
de coração ao fogo exposto
as
labaredas lambem-me o rosto
com o calor ardente da verdade
São
troncos secos da minha história
achas
da minha memória
que
ardem
e me
aquecem sem me queimar
lembranças
de amantes que me enlaçam
inebriantes
São
chamas
hologramas
que me vêm beijar
e aquecer
o coração
Estendo-lhes
a mão para as acariciar
São
quimeras
que
aparecem
aquecem
e logo
desaparecem
Apenas
deixam o dilema
a
essência do fogo
e a
cinza quente do poema
Vale de Salgueiro, segunda-feira, 24 de Novembro
de 2008
Henrique António Pedro
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