Perde o Verão o entono da paixão
a partir do nono
mês
quando o Outono sazão
faz valer o brilho
da sua palidez
As andorinhas
ladinas
rumam para sul
o silêncio tomba
no paul
O rebanho deserta
da sombra do negrilho
onde dormia a sesta
em busca de erva tenra para tosar
nos campos já a verdejar
Diga-se em abono da verdade que o Outono
com sua morna cor
é uma festa
com bandos de folhas de esquecimento
a voarem pelo ar
tocadas pelo vento
da saudade
É tempo de sonhar
sonhos mornos de amor
doce forma de amar
Vale
de Salgueiro, segunda-feira, 24 de Setembro de 2012
Henrique
António Pedro
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