Esta ilusão que a poesia a mim
me dá
de que algum dia serei alguém
que não apenas mais um
entre tantos mortais
meus iguais
É uma quimera
poética
uma utopia
épica
é a pura melancolia de quem
sempre espera
sem que saiba bem de quê
É nostalgia do paraíso perdido
lamento de anjo caído
já se vê
É esperança de que a todo tempo
a felicidade acabará por
acontecer
Esta ilusão que a poesia a mim me
dá
não me abandonará jamais
nem mesmo depois de morrer
Esta ilusão
esta alegria
esta tristeza
esta certeza
que a poesia sopra no meu coração
é o motor do viver
de quem como eu
vive de amor
Vale
de Salgueiro, sábado, 21 de Agosto de 2010
Henrique
António Pedro

Sem comentários:
Enviar um comentário