quarta-feira, 15 de maio de 2013
Amor, o nosso Deus
Deus é Amor!
Lê-se em
todos os Livros Sagrados
dizem-no
todos os grandes profetas
e místicos consagrados
de todas as religiões
proclamam-no
fiéis de todas as convicções
em seus
cânticos de glória e louvor
Pois seja!
Façamos
então do Amor
… o nosso
Deus!
Judeus e
gentios
cristãos de
todas as confissões
islâmicos e
budistas
cátaros e hinduístas
espiritistas
e mações
gente de
toda a cor
a todos une o
Deus Amor
Mesmo
aqueles que em Deus
não acreditam
ao Amor não deixarão
de dar crédito
por certo
Pratiquemos portanto
o Bem
no dia-a-dia
quando
trabalhamos
amamos
ou
escrevemos poesia
E sempre que
alguém nasce
e nos enche
de alegria
ou morre alguém
e nos diz adeus
deixemos que
o Amor nos inunde
e comande
façamos do
Amor o nosso Deus
segunda-feira, 13 de maio de 2013
No início da Primavera
De
ontem para hoje
lá
fora nada mudou
e se
alguma coisa de novo ocorreu
foram
só enganos e mentiras
Apaguei
o televisor
calei
a rádio
rasguei
os jornais
fiz
off ao computador
libertei
o coração
Dormi
sonhei
e
mandei a crise às urtigas
De
ontem para hoje
muitas
coisas novas aconteceram
no meu
mundo
neste Domingo
de Ramos
início
de Primavera
Há
mais chilreios
mais
anseios de amor
mais
perfumes a pairar
no ar
mais botões
de flor
a
desabrochar
mais
esperança
à
espera
Apaguei
o televisor
calei
a rádio
rasguei
os jornais
fiz
off ao computador
libertei
o coração
Neste
Domingo de Ramos
início
de Primavera
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Em mim não acredito e de Deus desconfio
O Cosmos de meu avô João
era toda a terra em que à luz das estrelas
semeava pão
O meu
é todo o espaço-tempo
em que planto poemas
eivados de dilemas
e de contrição
Cosmos infinito
mas pequenino
o meu!
Do tamanho do silêncio
indiferente
de Deus
Magistério de mistério
que professo como monge
porfiando poesia
A gritar poemas sem tino
e a acenar
a acenar
na esperança de que alguém
me virá salvar
Se é que não ando a deitar
tudo a perder
Em mim não acredito
e de Deus desconfio…
que só Ele
me poderá valer
Vale de Salgueiro, 24 de Outubro de 2007
Henrique António Pedro
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Assim a inspiração bate à porta
Geia lá fora
há estrelas no céu
a luzir
ao luar
Àquela hora morta
durmo a bom dormir
A Natureza que me rodeia
enrolada em silêncio
e neblina
é uma menina
que seria malvadez
acordar
Mas eis que a inspiração
bate à porta
a preceito
sem timidez
Pancadas fortes
rimadas
é um poema que quer entrar
que se obstina
em não se deixar esquecer
não tenho outro jeito
senão
me levantar
Ossos do ofício de poeta
que teima em dormir
de alma desperta
Pois seja
Ei-lo!
Amanhã
de manhã
mal o sol raiar
cuidarei de o publicar
in Anamnesis (1.ª
Edição: Janeiro de 2016)
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Amor de Maio
Agora que entrou Maio
langoroso, sensual e perfumado
lembro
saudoso
e sorrio
com agrado
A pantera cor-de-rosa
que eu acariciava
temeroso
deliciado
No prado
ameno
à beira rio
marchetado de malmequeres
Reclinava a cabeça no meu peito
amorosa
a jeito de que eu a pudesse mimar
com a juba odorada de feno
a esvoaçar
A sua mão era a brisa
que me abria a camisa
e me convidava a voar
Agora que entrou Maio
langoroso, sensual e perfumado
lembro
saudoso
e sorrio
com agrado
domingo, 5 de maio de 2013
Amai mais e mais
Amai!
Amai
tudo
e todos
Amai!
Amai
as
pedras do caminho
o
capim daninho que pisais
Amai
mais
e mais
Amai!
Escutai
vosso amor em eco
reflectido
no horizonte
no
ermo sem vivalma
no
deserto mais seco
nas
fragas do monte
dentro
e fora de vós
mesmo
se estais
sós
Amai!
Amai
a
água que bebeis
o
ar que respirais
não
deixeis que a Natureza
seja
conspurcada jamais
Amai!
Deixai
que a voz do amor
se
ouça mais
que
o ranger de rancor
ou
a raiva de dor
Amai!
Mais
e mais
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