À hora a que os ceifeiros dormiam a sesta
Vou permanecer por aqui, por agora
postado neste meu calmo cais cósmico
natureza adoçada em ondas suaves de colinas
sobrevoadas por nuvens, no azul cerúleo
e por aves em revoada
que arrulham seus cantares de Primavera
desde o nascer ao sol-pôr, em divinas rotinas
de amor
Tudo observo e sorvo de alma calada
em espera paciente do dia em que irei renascer
Ainda não é a hora do crepúsculo
o sol mediurno ainda vai alto e queima
É a hora a que os ceifeiros dormiam a sesta
descansando da longa e penosa madrugada
Assim desejaria eu viver para sempre
fazendo do presente um eterno devir
malgrado os ventos desta angústia estranha
de um dia ter que partir
tenha eu, para tanto, coragem tamanha
Há já uma eternidade que espero
sem saber bem porque assim vivo
neste espaço-tempo feito de espuma
e de bruma
Mas esperarei mais outra eternidade
se necessário for
porque não duvido do Amor
acredito em Deus
e estou certo de ser eterno
E nunca digo adeus a ninguém
nem a coisa nenhuma
Vale de Salgueiro, 1 de Maio de 2008
Henrique António Pedro
sábado, 4 de maio de 2013
À hora a que os ceifeiros dormiam a sesta
in Anamnesis (1.ª
Edição: Janeiro de 2016)
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Parabéns pelo Blog, muito bom gosto. E obrigada pela partilha do poema. abçs,_____LL
ResponderEliminarobrigado amigo pela partilha, excelente ...parabéns pelo blog, bomdia, bom domingo, abraços ♥
ResponderEliminarHENRIQUE DESEJOS DE BOM DOMINGO!!!
ResponderEliminarPOIS VIM VER A SESTA DOS SEUS CEIFEIROS!!!
A IMAGEM SEMPRE ADMIREI E GOSTEI!!!
AS PALAVRAS COMO SEMPRE,,, FLUÍDAS EXPRESSIVAS!!!
LEMBRO BEM A SESTA DOS CEIFEIROS E NÃO SÓ!!!
CREIO ESTARMOS TODOS A VIVER...neste espaço-tempo feito de espuma
e de bruma
DESEJOS DE UM LINDO E FELIZ DOMINGO!!!
LÍDIA
lindo demais.. achei terno e nostálgico e cheio de esperança..parabéns.. sou sua fã.. escreves maravilhosamente bem..beijo
ResponderEliminarMaravilhoso!!!- Ana Bailune
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