Não são as lágrimas
dos homens
ou o seu suor
que alagam a Terra
transbordam os rios
e fazem subir o
nível do mar
Não é o seu temor
o bater dos corações
a blandícia do amor
que a faz tremer
Nem a sua febre
a sua ansiedade
que a faz aquecer
e secar
Tão pouco é o sopro das
paixões
que levanta ventos e
tufões
É a ganância
a arrogância
a insana vaidade
a traição
a exclusão
a insaciável sede de
prazer
a vã glória de
mandar
o deliro do poder
a vertigem de mentir
a tentação de matar
a loucura da guerra
a febre de competir
que destroem a Terra
e tudo deitam a
perder
Já é tempo de parar
Vale de Salgueiro, terça-feira,
16 de Fevereiro de 2010
Henrique António Pedro





