sexta-feira, 4 de maio de 2018
Quando a minha sombra mais se alonga
terça-feira, 1 de maio de 2018
Amorável, doida, doída, dorida, nonsense.
Por mais que se pense
ou não pense
se diga ou se fique calado
extasiado
a olhar o céu
a poesia é o que é:
Nonsense
É a arte do utópico
dos picos da paixão
e de outros males do coração
das indefiníveis estéticas
amor sem dor
é utopia
É génese de religiões
ainda que Amor e a Fé
não sejam meras construções
poéticas
Melhor que nada, que outra coisa nenhuma
a poesia nos inuma na tristeza
nos liberta do real
nos desperta
nos afunda nas raízes profundas do ser
daquilo que verdadeiramente é
nos despoja do ter e do haver
mais nos aproxima do bem
e nos afasta do mal
A poesia
é como a vida é
amorável
inexplicável
irracional
doida
doída
dorida
nonsense
Vale de Salgueiro, 12 de Novembro de 2007
Henrique António Pedro
domingo, 29 de abril de 2018
Estas fragas que me falam
segunda-feira, 23 de abril de 2018
Pedras e palavras soltas
domingo, 22 de abril de 2018
Tocam os sinos a sinais
quarta-feira, 11 de abril de 2018
Que felicidade eu sinto, Santo Deus!
Que
felicidade eu sinto, Santo Deus!
Mergulhado
no seio da terra
que
me viu nascer
e
me fez crescer
Terra
de onde parti
só
para ter o prazer
de a
ela retornar
Que
felicidade eu sinto, Santo Deus!
Ao inalar
o seu ar
a
voar nas sensações do seu céu
a
furar luras no quadraçal
como
qualquer fera
mero
animal
Que
felicidade eu sinto, Santo Deus!
A
correr que nem corso
transportando
poemas no dorso
no
descampado
a
esponjar-me
emocionado
nas
mais felizes recordações
O
Infinito longínquo
que
não cabe na vista
nem
na imaginação
é
aqui!
Aqui
é o Absoluto próximo
ao
alcance da mão
todo
concentrado no meu coração
Que
felicidade eu sinto, Santo Deus!
Tanta
que
faço da minha vida
uma
permanente oração
Vale de Salgueiro, quarta-feira, 21 de Julho de
2010
Henrique António Pedro
in Anamnesis (1.ª Edição: Janeiro de 2016)