Viajo para lá do destino
regresso de além
de para onde nunca parti
mesmo se não saí
daqui onde estou
A minha mala de viagem
imagem daquilo que sou
leva e traz poemas e dilemas
cama, pijama e roupa lavada
liberdade e farnel
nunca como ou durmo em hotel
Sou um viajante inveterado
sempre viajo sem rumo
acompanhado de gente amada
mesmo se viajo só
só para sentir saudade
A minha mala de viagem
feita de sonho e de vento
não é fantasia é poesia
mais real que a realidade
com ela viajo no tempo
no espaço da eternidade
Vale
de Salgueiro, quarta-feira, 25 de Agosto de 2010
Henrique
António Pedro





