Em Dezembro o
Inverno é um inferno
frio e cinzento
contratempo
A alegria é
triste
e o silêncio é
denso
pesado
compassado
As noites são
longas
e os dias
longos
crepúsculos
opúsculos de
impaciência
É tempo de
reflexão
hora de resistir
à impaciência
de despir por
dentro
e vestir por fora
como se nos
estivéssemos a despedir
sem saber para
onde ir
Em Dezembro
as abelhas dormem
nas colmeias
em suas celas de
cera e mel
à espera da
Primavera
Já as primeiras
flores de laranjeira
nascidas a
destempo
foram
sacrificadas o vento gélido
e à geada
do Inverno cruel
Como o primeiro
amor
que ainda em flor
foi tolhido pela
intempérie
e atirado ao
vento
num insano gesto
impensado
pensamento
Em Dezembro
o vento é um
longo lamento
Vale de
Salgueiro, sexta-feira, 30 de Janeiro de 2009
Henrique Pedro
Bom dia. Mais um poema de excelência:)) Adorei...
ResponderEliminarHoje : Dança...leviandade minha...
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira
Lindo poema,pena que o primeiro amor foi tolhido pela intempérie e o vento levou.Mas,tenho uma solução para o fim desse problema, assobia que o vento me leva para seu poema e o fim sera maravilhoso porque você conheceria o seu segundo amor.
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