Divino fulgor
Quando, num só tempo, sofremos e
amamos
E o coração nos dói do mais puro amor
Ou ainda mais amamos quem está com dor
E a essa mesma dor também nos
entregamos
Ou quando de quem amamos nos separamos
E mergulhamos na tristeza e no torpor
Ou quem bem nos ama nos recebe com
calor
Se nós de um longo afastamento
regressamos
Ou se a morte, a mais cruel realidade
Nos obriga a um definitivo adeus
A quem também nós muito queremos de
verdade
Se ainda assim damos louvores aos céus
Será quando com a maior claridade
Em nós sentimos o divino fulgor de
Deus
Vale de Salgueiro, sábado, 13 de
Setembro de 2008
Henrique António Pedro
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