Fado do mal-amado
Nunca houve outro amor assim
Uma
tão cruel paixão entontece
Entrega
tão pura ninguém merece
Nem
sendo a mulher um querubim
Agora
choro lágrimas sem fim
Meu
pranto ao longe se esmorece
Como
uma mal sucedida prece
Que
amargamente se vai de mim
A fada
cruel quebrou o encanto
Para
sempre seu coração calou
Esta
é a razão deste meu pranto
Mas
a vil paixão de mim não voou
Por
isso cantar este triste canto
É
fado amargo que me tocou
Chaves,
8 de Março de 1966
Henrique
António Pedro
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