quarta-feira, 15 de outubro de 2014
A diva
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Elegia de Outono
Há roseiras a rosir
agora pelo Outono
frágil entono
quando as romãs começam
a rir
e os ouriços no alto
dos castanheiros
altaneiros
quase
quase
a parir
E as andorinhas
a partir
A atmosfera
e os campos
ensaiam simulacros de
Primavera
por todos os cantos
mas a cor dominante não
é o verde fulgurante
pintalgado de papoilas
e malmequeres
e da sensualidade
desnuda das mulheres
São tons quentes de
castanho
de folhas amarelecidas
que se vão desprendendo
pelo vento
de árvores
entristecidas
simulando alegria
em derradeiro arreganho
que é lamento
elegia
pura poesia
Só as mães
depois que lhe morrem
os filhos
não voltam mais
a sorrir
Vale de Salgueiro, quarta-feira,
23 de Setembro de 200920101011
Henrique Pedro
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Escrevelendo
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
O amor e a imaginação
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Como pode a vida ter por fim a morte?
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Mil virgens fatais são demais
Tão curtos são os nossos passos
tão frouxos os nossos abraços
tão limitado o nosso olhar
tão falível a nossa mente
que duvido que algum dia
mesmo por fantasia
possamos deixar de ser gente
e vir
a ser
deuses
Anjos sequer
Muito menos se nos fizermos deflagrar
seja porque causa seja
tão pouco por uma qualquer
mulher
que seja
E como poderíamos nós
tirar gozo das tais mil virgens fatais
num paraíso irreal
sem pernas e sem pénis
sem braços e sem beiços
com que as pudéssemos possuir
e amar?!
Jamais
Nem mesmo imaginar
sequer
Trágico seria
só
admitir
e sorrir
Mil virgens fatais são demais
Vale de Salgueiro, sexta-feira, 18 de Fevereiro de
2011
Henrique António Pedro





