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terça-feira, 28 de setembro de 2021

Pecar de amor

 


Pecar de amor 

é procurar no pecado

a virtude

 

É tomar a via do amor

para a Verdade

 

É gozar o prazer que induz

Espiritualidade

 

Jamais o Amor

que acende a luz da Iluminação

gera dor

e a Virtude

produz

ilicitude

 

Múltiplos são os caminhos da vida

e os meandros do destino também

mas um só sentido tem

a virtuosa paixão

 

O sentido único da Revelação

 

Vale de Salgueiro, quinta-feira, 25 de Março de 2010

Henrique António Pedro

(Imagem do Google)

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

O único reparo que faço a Deus


O único reparo que faço a Deus

é não ter dado aos homens braços mais compridos

para poderem substituir as estrelas no céu

sempre que alguma esmorece

 

O único reparo que faço a Deus

é não ter dado aos homens braços mais compridos

para poderem tapar o Sol quando nos ofusca e aquece demais

e para dar mais brilho à Lua

sempre que a noite obscurece

 

O único reparo que faço a Deus

é não ter dado aos homens braços mais compridos

para as mães poderem acariciar os seus filhos

quando estão ausentes.

 

O único reparo que faço a Deus

é não ter dado aos homens braços mais compridos

para poderem plantar árvores e hortas

nos outros planetas que giram no sistema solar

mas sem desprezar o seu lar

 

O único reparo que faço a Deus

é não ter dado aos homens braços mais compridos

para num só abraço poderem abraçar

toda a Humanidade

 

O único reparo que faço a Deus

é não ter dado aos homens braços mais compridos

para poderem apertar a Sua mão

lá no céu

a partir

daqui

da Terra

 

Vale de Salgueiro, quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2014

Henrique António Pedro


 

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Que outro Ar? Que outra Água? Que outro Amor?


Que outro Ar

poderemos nós inventar

para respirar?

 

Que outra Água

poderemos nós conceber

para beber?

 

Que outra Verdade

poderemos nós estabelecer

para nos governar?

 

Que outro Amor

poderemos nós idealizar

para amar?

 

Que outra Terra

poderemos nós encontrar

para viver?

 

Poluímos o ar

e a água

 

Corrompemos a verdade

viciamos o Amor

 

Impomos a mentira

a dor

a fome

o ódio

o vício e a guerra

não separamos o Bem do Mal

 

Destruímos a Terra

 

Estamos à beira de nós autodestruir

 

Resta-nos reestabelecer

a limpidez da Água

a leveza do Ar

a força da Verdade

a pureza do Amor

a beleza da Terra

para sobreviver

 

Fundar em nosso coração

uma nova Civilização

de Paz universal e eterno Amor

 

Vale de Salgueiro, terça-feira, 21 de Abril de 2009

Henrique António Pedro


domingo, 5 de setembro de 2021

Servem-se mitos ao pequeno-almoço, ao almoço e ao jantar

 


É de gritos e de apitos

o regime político sinistro vigente

que usa e abusa da comunicação social

e governa Portugal

como se o povo fosse demente

 

Serve mitos ao pequeno-almoço

ao almoço e ao jantar

mentiras fresquinhas

acabadinhas de cozinhar

 

Requentadas

bem passadas

mal ou bem acompanhadas

embaladas em papel de jornal

cozinhadas de mil formas

em panelas doiradas

iluminadas em redomas de cristal

e nas mais belas telenovelas

 

Estrelas do desporto e do cinema

da arte e da finança

da cagança

da política

ciência sinistra

e da televisão

outro mundo cão

que só causam sensação

pela explícita obscenidade

 

Alguns mitos até se engolem com facilidade

porque de tão tolos nos divertem

mas a maior parte dos pirolitos da política

e do “jet set”

não se conseguem tragar

vão direitinhos para a retrete

 

Com mitos se alimenta a desumanidade

 

Com amor e verdade

se ergue a nova portugalidade

 

Vale de Salgueiro, terça-feira, 21 de Outubro de 2008

Henrique António Pedro