A minha alma tal qual eu a
sinto
não é branca
ou negra
etérea
transparente
deliquescente
ou sequer vaporosa
Tão pouco é uma luz interior
magenta
alada
prateada
cor-de-rosa
ou cinzenta
A minha alma é um vórtice de
amor dentro do meu ser
que anseia tudo envolver ao
redor
ao som da cósmica melodia
sinfónica
É a vontade de com verdade
abraçar a Terra inteira
o Céu, as Estrelas e as Galáxias
o Universo intemporal
e tudo devolver à vida
em explosão sideral de amor
A minha alma tal qual a sinto
e pressinto
é um sopro de sentimento
um emaranhado novelo de afecto
e pensamento
É a radiação do meu cérebro que
afago com a mão
ao ritmo do pulsar do meu coração
A minha alma tal qual eu a
sinto
sou eu
São os meus eus que animam o
meu corpo
feitos vento
a voar para Deus
Universo fora
Espírito adentro
A minha alma tal qual eu a
sinto
é o tudo todo que sou eu
Vale
de Salgueiro, quinta-feira, 16 de Abril de 2009
Henrique
António Pedro