domingo, 28 de dezembro de 2014
Não só pelos olhos a alma sai
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
Cosmos e caos
sábado, 20 de dezembro de 2014
De tão triste, encanta
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Palavras escritas com a tinta do coração
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Este meu canto é um pranto
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Anuncie aqui!
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Com poesia a mim mesmo me engano
Confidencia-me
o seu segredo mais íntimo
que
silencio nos ouvidos
e sepulto
no coração
Ouso
ir mais além
porém
Codifico
o segredo em poema
e lanço-o
ao vento
também
Ficará
bem melhor guardado
ainda
assim
por
todo o tempo
Porque
a poesia é a arte de enganar
com
a verdade
de
esconder a tristeza com alegria
de
disfarçar com amizade
a paixão
Por
isso as palavras me saem da mente
agora
em
torrente
sem
chama
nem
drama
nem
razão
Concertadas
em poema depenado
cujas
pétalas perfumam o chão
agridoce
dessa
doce intimidade
com
que ela me desengana
sem
me causar maior dano
Na
verdade
sou
eu que com poesia
a
mim mesmo me engano
Vale
de Salgueiro, sexta-feira, 13 de Agosto de 2010
Henrique
António Pedro
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
À sombra de uma nuvem
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
A diva
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Há roseiras a rosir
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Escrevelendo
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
O amor e a imaginação
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Como pode a vida ter por fim a morte?
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Mil virgens fatais são demais
Tão curtos são os nossos passos
tão frouxos os nossos abraços
tão limitado o nosso olhar
tão falível a nossa mente
que duvido que algum dia
mesmo por fantasia
possamos deixar de ser gente
e vir
a ser
deuses
Anjos sequer
Muito menos se nos fizermos deflagrar
seja porque causa seja
tão pouco por uma qualquer
mulher
que seja
E como poderíamos nós
tirar gozo das tais mil virgens fatais
num paraíso irreal
sem pernas e sem pénis
sem braços e sem beiços
com que as pudéssemos possuir
e amar?!
Jamais
Nem mesmo imaginar
sequer
Trágico seria
só
admitir
e sorrir
Mil virgens fatais são demais
Vale de Salgueiro, sexta-feira, 18 de Fevereiro de
2011
Henrique António Pedro
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Apenas lágrimas para partilhar
Apenas lágrimas para partilhar
in Anamnesis (1.ª Edição: Janeiro de 2016)
Quando
e
onde nasci
mum
pequeno mundo rural
do Portugal implantado na Europa
por
engano
ainda
se bendizia a Deus
pelo
pão de cada dia
se
benziam as colheitas de cada ano
e se
celebrava o seu sucesso com alegria
Porque
se sabia quanto custava
andar
um ano inteiro a mourejar
ao
sol ardente
à
chuva
ao
frio
e à
geada
para
se conseguir o sustento
um
naco de pão que fosse
arado,
semeado, ceifado, malhado, moído, amassado, cozido
partido
e repartido
com dor
amor
e suor
à
força da enxada
e do
timão
Mergulhou-se
depois num mundo fácil
de
frágil
e
fugaz ilusão
Com
demasiada gente que deveria chorar mas que cantava
e ria
por
tanto ter que esbanjar
que adorava
os falsos deuses que lhes punham a mesa farta
e do
mundo da miséria os apartava
mas
lhes encondia a verdade
Agora
são
milhares os seres humanos que não têm que comer
nem
deuses a quem agradecer
e que
apenas têm lágrimas
para
partilhar!
Mais
a angústia de não saber que fazer
Agora
mais
do que nunca
tem
sentido a palavra solidariedade
Vale
de Salgueiro, quarta-feira, 10 de Junho de 2009
Henrique
António Pedro
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Qual o fim dos sentimentos?
Qual
o fim dos sentimentos
dos mais
fortes principalmente
amores
maiores
maiores
paixões
ódios
e rancores que não dirimimos
nos
fazem andar dias e dias a sofrer
noites
e noites sem dormir
de
coração demente a viver de ilusões?
Acontece-lhes
o mesmo que às pétalas inúteis das flores
que
empalidecem até secar
com
o perfume a diluir-se até deixar de ser aroma
e pés
e espinhos a apodrecer
até
deixarem de magoar
e de
fazer sofrer
Mas
não caiem na terra
nem
se transformam em húmus
não
se reciclam em novas flores
em
novas pétalas
novos
espinhos
novos
ódios
novos
rancores
novos
amores
novos
perfumes sequer
Convertem-se
em inócuas lembranças
que
o tempo lentamente faz atenuar
até
acabarem por entrar em torpor
e definitivamente
se esquecer
Para
que o espírito se possa transformar em puro amor
o fim
dos sentimentos é se desvanecer
até morrer
Vale
de Salgueiro, sábado, 1 de Novembro de 2008
Henrique
António Pedro