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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Amo-te quando e sempre


Amo-te quando e sempre

te olho

te falo

te desejo

te afago

e te beijo

 

Quando e sempre grito ao vento

a minha paixão por ti

e sem dúvida nenhuma

a ti te declaro o meu amor

por todo o tempo

 

Quando e sempre

mais forte bate o coração

e sem razão alguma

sinto medo de te perder

e sem pesar nenhum

a nossa vida bendigo

 

Amo-te quando e sempre

sonho um futuro de sonho

contigo

 

Amo-te quando e sempre

nos amamos ou sofremos em comum

como quando eu próprio senti

as tuas dores de parto

em mim

 

Amo-te quando e sempre

de ti me aparto

a sofrer

 

Amo-te quando e sempre

escrevo versos sentidos

banais

que só porque te amo

são

para mim

poemas geniais

 

Vale de Salgueiro, segunda-feira, 10 de Janeiro de 2011

Henrique António Pedro

 

 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Escadas helicoidais




Surgiu-me esta ideia
quando subia as escadas que todos os dias subo
quando me vou deitar

Poderia ter-me surgido ao descer
depois de acordar
o que seria bem mais difícil
porque sempre desço mais atento
aos passos
mais ainda que às ideias
porque maior é o risco de tropeçar
e de cair

Por isso nunca liberto as ideias
ao descer
e antes me seguro ao corrimão
com uma mão
para as não deixar fugir

São umas escadas altas
em madeira de castanho
enroladas
de formato helicoidal
que dão acesso a uma varanda
interior
que
como se vê
também me conduzem por mim a dentro
quando me vou deitar

Sendo que o mais certo
será com alguma coisa sonhar
enquanto durmo
de espírito ao léu

Escadas de sonho
que sempre que sinto sono
subo
como se subisse para o céu

Surgiu-me esta ideia
ao subir as escadas que todos os dias subo
quando me vou deitar

segunda-feira, 15 de abril de 2013

A POESIA DE AMOR NÃO PASSA DE UM FARSA?



A poesia de amor não passa de uma farsa

de uma momice

de uma doce aldrabice?

 

De uma mistificação rimada

declamada

cantada

decantada

e nem sempre bem-intencionada?

 

A poesia de amor é um fingimento de sentimento

uma perda de razão?

 

É um chorrilho de fantasias e falsidades

de meias verdades

de falsas alegrias

de piruetas e caretas

de esgares próprios da paixão?

 

A poesia de amor não passa de uma farsa

com que o poeta

com versos perversos se disfarça?

 

A poesia de amor é um paradoxo

uma desgraça

um meio pouco ortodoxo

de redenção?

 

OH, não!

A poesia de amor é uma libertação

uma divina graça

mesmo quando não passa

de uma sublime encenação!

 

Vale de Salgueiro, quarta-feira, 14 de Março de 2012

Henrique António Pedro

 

Leia mais no link seguinte:

https://henriquepedro.blogspot.com/2017/11/a-poesia-de-amor-nao-passa-de-uma-farsa.html

 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A minha aposta é inundar o mundo de poesia




A minha aposta é inundar o mundo
de poesia

Colher poemas na natureza
e na vida
e lançá-los nos ares
com a devida leveza
para que as aves
as rádios e os jornais
as televisões e as redes sociais
os semeiem nos corações
e a poesia se torne
no motor das multidões

Para que a ninguém falte a paz
nem o pão
no dia a dia
e sempre sinta alegria
em seu coração

Para que a angústia de sofrer
se dilua em melodia
e o desassossego
seja só
o enlevo de viver

E para que assim
a poesia se cumpra
por fim
como augúrio
da nova humana condição

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Aqui tão perto de nós, o Além




A vida

não é o momento em que vivemos

começa antes de nascermos

e vai mais além

 

Mas não é além

no horizonte

o Além

 

É já ali

numa avenida da vida

na angústia perdida

aqui

além

ao virar da esquina

da ilusão

 

A norte da morte

a sul da saudade

oriente da esperança

poente da ambição

dança e contradança

do coração

 

Viver e morrer

é destino de toda a gente

infortúnio e felicidade

mentira e verdade

inexoravelmente

 

Todos para lá vamos

ninguém de lá vem

do Além

velhos ou novos

trôpegos

sôfregos

mais velozes que qualquer avião

 

Vale de Salgueiro, terça-feira, 9 de Fevereiro de 2010

Henrique António Pedro

 

 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

AQUI…




Aqui, cume do monte dominante
De um reticulado curvilíneo
De colinas moldadas no fascínio
Da alma do poeta diletante

Aqui, nasceu, em mim, a poesia
Pela magia do amanhecer
Com reflexos de fé e bonomia
Que também brilham ao entardecer

Aqui, sempre me quedo, radiante
À hora que o Sol se põe, sanguíneo
Por detrás do horizonte distante

Aqui, face ao Mundo a sofrer
Ao Senhor dos Aflitos eu pedia
Não deixasse, Ele, de lhe valer…


Vale de Salgueiro, domingo, 10 de Agosto de 2008
Capelinha do Senhor dos Aflitos (Alto da Serrinha)