A
mim
Deus
apenas
me deu o corpo
cabeça,
pernas e braços
sem
outros embaraços
e o
sopro da vida
que
passei a ser eu
a
soprar
enquanto
mereça o que Ele me deu
o
que é demais
O espaço
para viver
e sonhar
e
coisas que tais
terei
que ser eu
a porfiar
Resta-me
o desejo angustiado
de
ser grande
bom
e
verdadeiro
Por
isso me parto
e
reparto
na ânsia
de ser inteiro
A muitos
Deus
deu
mais
A outros
nem tanto
Muitos
que a mentir ou sorrir
pretenderão
dominar o mundo
quiçá
razão para o destruir
Eu,
não!
Não
me confundo
Tento
apenas
fazer
valer
o
meu coração
É
por isso
que
tanto
me
apoquento
Vale
de Salgueiro, sábado, 24 de Julho de 2010
Henrique
António Pedro