O Cosmos de meu avô João
era toda a terra em que à luz das estrelas
semeava pão
O meu
é todo o espaço-tempo
em que planto poemas
eivados de dilemas
e de contrição
Cosmos infinito
mas pequenino
o meu!
Do tamanho do silêncio
indiferente
de Deus
Magistério de mistério
que professo como monge
porfiando poesia
A gritar poemas sem tino
e a acenar
a acenar
na esperança de que alguém
me virá salvar
Se é que não ando a deitar
tudo a perder
Em mim não acredito
e de Deus desconfio…
que só Ele
me poderá valer
Vale de Salgueiro, 24 de Outubro de 2007
Henrique António Pedro
Amei!
ResponderEliminarMuuito lindo, adorei!
ResponderEliminarLindo poema! Adorei!
ResponderEliminarSim poeta, só mesmo Deus para iluminar nossa estrada. Nossos passos sempre são guiados por Deus, porque nem uma folha de uma árvore não cai, se ELE não quiser...Parabéns pela bela poesia! Um abraço
ResponderEliminarSim, ilustre poetisa Neusa. Essa é a leitura correta deste poema. Grato.
EliminarMuito obrigada, amei lindo
ResponderEliminar