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quarta-feira, 19 de julho de 2023

Vã glória e vil fama

 

 


Vã glória e vil fama

 

 Deslumbrante é a vã e vil fama

 A glória insana deste mundo

 A ilusão que a muitos engana

 A riqueza e o poder imundo

 

 E deslumbrado é quem se ufana

 Do seu poder cruel e furibundo

 Estulto algoz da raça humana

 Que explora o povo sitibundo

 

 E aloucado aquele que pensa

 Em dominar, um dia, toda a Terra

 Pela mentira e pela ofensa

 

 Só o Amor de verdade compensa

 Todo o encanto em si encerra

 E a sua força, sim, é imensa

 

 Vale de Salgueiro, 26 de Abril de 2008

 Henrique  António Pedro

 

sábado, 15 de julho de 2023

Paz na Terra


Paz na Terra

in “50 Sonetos de Bem Amar e Bem-querer “(Inédito)

 

Se eu pudesse acabar já com a guerra

E decretar Amor e Paz por toda a parte

Com poesia ou qualquer outra arte

Nem um só dia ficaria à espera

 

A tantos humanos a guerra desespera

E tão grande é o sofrimento que comparte

Que urge erguer bem alto o estandarte

Da cooperação, na paz. por toda a Terra

 

Sem outra exigência ou condição

Que não seja amar-nos como Cristo diz

Como bons irmãos do fundo do coração

 

Fazer da Terra inteira um só País

E de todos os povos uma só Nação

Criar nova Civilização de raiz

 

Vale de Salgueiro, quinta-feira, 14 de Agosto de 2008

Henrique António Pedro

 

 


sábado, 8 de julho de 2023

Ser-se poeta é um ser-se para o amor

 



 

Ser-se poeta é um ser-se para o amor

 

Ser-se poeta…

é ser-se anormal

ser-se amoral

não conhecer nem o bem

nem o mal

 

Ser-se poeta…

é ser-se inocente

ser diferente de toda a gente

não se ter maldade

 

Ser-se poeta…

é procurar a verdade

sem obedecer a nenhum poder

é sentir a dor dos outros

e com os outros sofrer

 

Ser-se poeta…

é sentir prazer

sem praticar imoralidade

 

Ser-se poeta

é um ser-se para o amor

 

Ser-se poeta…

É aspirar à imortalidade

 

Vale de Salgueiro, domingo, 27 de Junho de 2010

Henrique António Pedro


segunda-feira, 3 de julho de 2023

Os cinco entes que sou

 


Os cinco entes que sou

 

Afectado de soledade

fascinado de quietude

essa virtual virtude

que leva o corpo a espairecer

diluo-me no tempo

ao entardecer

 

Mergulho o cérebro no éter

que adormece

 

E enquanto o corpo desfalece

e a alma se banha no luar

o espírito pôe-se a divagar

 

Assim dividido

melhor me diviso

nos cinco entes distintos que sou

e que andam amarradas à vida

e à sorte:

 

- O corpo que sente

- A razão que raciocina;

- A alma que paira para a morte;

- E o espírito que livre,

  vive

  mas não morre

 

E o outro, ainda

que não sou

mas quero ser

 

Vale de Salgueiro, quinta-feira, 30 de Julho de 2009

Henrique António Pedro

in Introdução à Eternidade 

Copyright © Henrique Pedro (prosaYpoesia) 

1.ª Edição, Outubro de 2013 


 

sábado, 1 de julho de 2023

Profissão de Fé



Profissão de Fé


Esta certeza interior

é do tamanho da minha própria Fé


Nem o Pai 

nem o Filho

nem o próprio Espírito Santo

me darão tratamento preferencial

na Terra como Céu

nem me tornarão imune a qualquer doença

tragédia, calamidade ou mal

nem me nomearão para um cargo governamental


Nem me libertarão de ser eu 

a ganhar o meu próprio pão

com o suor do meu próprio rosto

e não deixarão de me olhar

como a todos os mortais

com a mesma distância cósmica


Mesmo que muitos achem ridícula

esta minha Fé

não deixarei de acreditar no Pai

no Filho

no Espírito Santo

em Jesus Cristo

na Virgem de Fátima e nos Santos


Nem deixarei de respeitar 

outras crenças ou indiferenças

de manter uma esperançosa espera

na afirmação da Paz, do Amor e da Verdade

sobre toda Terra


Sem fanatismo ou acintoso proselitismo 

sem subserviência a igrejas ou ritos

sem procurar conflitos


Porque sinto que só pela via da Fé 

sem condição

me poderei transformar

e cumprir a minha divina vocação

de me aproximar do Absoluto

 

in Introdução à Eternidade 

Copyright © Henrique Pedro (prosaYpoesia) 

1.ª Edição, Outubro de 2013 

Também poderá ouvir declamado no Youtub: 

http://www.youtube.com/watch?v=VeR-grRhjAU

 


domingo, 25 de junho de 2023

Porque nos aprisionou na Terra, o Criador?

 


Porque nos aprisionou na Terra

o Criador

nesta gaiola azulada

dependurada no Sol

e que balança ao sabor dos ventos cósmicos?

 

E porque nos alimenta Ele

com amor, dor, angústia e sonho

envoltos pela diáfana redoma atmosférica

que apenas os raios de luz

e a imaginação

transpõem

 

E porque nos projectamos nós

no Espaço incomensurável

rasgamos a Razão

e soltamos aflitos gritos de espírito

por não O podermos ver?

 

Talvez nos queira Ele ouvir cantar

e louvar

só pode ser

 

E que sejamos nós a nos libertar

e a aprender

a voar

até Ele!


Vale de Salgueiro, Quinta-feira, 12 de Junho de 2008

Henrique António Pedro