O cosmos é o caos
a vida uma ilusão
a felicidade uma
frustração
e o universo de tão
enorme e disforme
é do tamanho de um verso
da minha poesia
O amor é uma flor
e a Terra
o céu prometido
o paraíso perdido
A dor é aberração
o sofrimento um
contratempo
e a paixão uma fugaz fantasia
Eu
um vagabundo
que muito mundo já vivi
amei
e sofri
e continua sem se
entender
Nem a si
nem a mim
nem a ninguém
A quem nada mais resta
que mais viver
mais amar
mais sofrer
e procurar nada deitar
a perder
Vale de Salgueiro, segunda-feira,
12 de Outubro de 2009
Henrique António Pedro