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quinta-feira, 14 de março de 2019

À Mãe da Poesia




Revoadas de borboletas doiradas
geradas no Seu olhar
irão povoar
os canteiros do mundo inteiro
transformado em jardim
assim
a mim
me apraz sonhar

Verdadeiros poemários
viveiros de poemas
emanados das violetas
das rosas perfumadas
das florinhas de jasmim
dos amores-perfeitos
que florescem em santos peitos
e santificam os fadários
dos poetas anátemas

O mais belo poema é Ela
a Mãe de Jesus
a poetisa da Paz
alfobre de amor
flor que refulge de luz
e exala poesia
que noite e dia alumia
e adoça a dor
da vida mais sombria


Vale de Salgueiro, domingo, 18 de Julho de 2010
Henrique Pedro

terça-feira, 12 de março de 2019

O Mahatma




Sexo é luta de morte
é matar e morrer
devemos aprender 
a amar com serenidade
se filhos felizes queremos procriar
e um homem novo em nós ver
renascer

Não tem sentido foder apenas para resfolegar

Grande é o proveito que o homem pode tirar
de dormir
com lindas mulheres nuas
por uma, duas, três
e mais luas
ao luar
mas sem lhes tocar

Numa orgia de espiritualidade
se mergulha
de verdade
o espírito se torna mais leve
e livre
e salutar

Absoluta virtude é a virgindade
e definitivo prazer a castidade

Não se alcança a santidade
nas veredas da sexualidade

Isto quis o Mahatma ensinar


Vale de Salgueiro, quinta-feira, 14 de Outubro de 2010
Henrique Pedro

quarta-feira, 6 de março de 2019

Esta ilusão que a poesia a mim me dá




Esta ilusão que a poesia a mim me dá
com meus poemas
de que algum dia
serei alguém

Esta ilusão que a poesia a mim me dá
de que não serei apenas mais um
entre tantos mortais
meus iguais

Esta quimera
esta utopia
que a poesia a mim me dá
de estar sempre à espera

Esta nostalgia do paraíso perdido
lamento de anjo caído

Esta esperança
de que a todo tempo
a felicidade acabará por acontecer

Esta ilusão que a poesia a mim me dá
não me abandonará nunca mais
nem mesmo depois de morrer

Esta ilusão
esta alegria
esta tristeza
esta certeza
que a poesia me sopra no coração
é o motor do viver
de quem vive
de amor

Vale de Salgueiro, sábado, 21 de Agosto de 2010

segunda-feira, 4 de março de 2019

Só por amor escrevo poesia




Quando choro e rio

Quando me revolto
e me aborreço
quando canto e assobio
porque ando apaixonado
e escrevo poesia

Quando dou asas à imaginação
fazendo uso da Razão
ou me angustio
com apertos no coração

Quando louvo a Deus
declaro o meu amor aos meus
e canto a Natureza

Quando expresso a minha dor
ou a minha tristeza
as minhas glórias e as minhas desditas
a dor ou a alegria de outrem
por palavras escritas
são poemas de amor que escrevo
por bem
com certeza

Mesmo se o faço com enlevo
por pura fantasia
só por amor escrevo poesia

Vale de Salgueiro, segunda-feira, 23 de Março de 2009
Henrique Pedro

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Só o amor se não perde se a vida se perder




O tempo só tem sentido à medida que passa
o abraço quando se abraça
e o amor quando se ama
o fogo quando arde
feito chama

A vida só tem sentido quando vivida
com amor
por alguém

Não pára o tempo se o relógio parar
mas perde-se o pensamento
se a razão enlouquecer

Apaga-se a paixão quando o coração
deixa de bater
e tudo se perde
na hora de morrer

Só o amor se não perde
se a vida se perder


Vale de Salgueiro, sexta-feira, 18 de Julho de 2008
Henrique Pedro

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Há horas assim…





Há horas em que desperto
em que fico mais perto
de mim

Horas em que não leio
nem escrevo poesia
mas que melhor a sinto
ainda assim!

Horas em que só falo comigo
e com o meu umbigo
em que entro por mim a dentro
e me liberto

Horas em que não me engano
nem me minto

Horas em que tanto me encanto
só de pensar
que paro de respirar

Horas em que não dou pelas horas a passar
em que apenas sinto as ideias a fluir
e a fugir
como aves a voar

Horas sem tempo nem calendário
sem vocabulário 
para expressar o sinto

Horas em que sou um labirinto
e por tanto
me espanto

Há horas assim…


Vale de Salgueiro, quinta-feira, 7 de Agosto de 2008
Henrique Pedro