(Inspirado em
Horácio, Odes (III.2.13))
Se honroso e doce fosse
matar e morrer por amor
Tão doce que apetecesse morrer
e matar
mil vezes
Tão honroso
que mais honrado fosse
quem mais vezes morresse
e mais vezes matasse
Valeria a pena viver
só para matar e morrer
sem parar
Morrer e matar por amor e sem dor
seria um deleite constante
um imparável pára arranca do coração
uma diletante excitação
Viver era matar e morrer
não haveria tempo a perder
para o amor salvar
E a vida seria
um eterno ressuscitar
e renascer
Vale de Salgueiro, quinta-feira, 23 de Junho de
2011
Henrique António Pedro
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