quinta-feira, 4 de abril de 2013
Vivo ameaçado de morte
terça-feira, 2 de abril de 2013
A uma poetisa sublime
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Andava eu poetando por aí
sexta-feira, 29 de março de 2013
ALELUIA! (Αλληλούια, HalleluJah)
(Αλληλούια,
HalleluJah)
De Jesus Cristo apenas
sei
o que a História me
ensina
mas a luz da Sua
doutrina
que me ilumina o coração
neste tempo sem Lei
em que o mundo
desespera
ganha cósmica
dimensão
na minha frágil razão
É o Cristo do
Advento
o Jesus de quem
espera
o fim do sofrimento
É o Amor que não
esmorece
é a Páscoa que
acontece
em cada Primavera
É refrigério da dor
dádiva total de
Amor
explosão de Alegria
Αλληλούια, HalleluJah, ALELUIA!
Ressurreição
É o Deus de quem
resiste
e de Amar não
desiste
nem de em paz Viver
É a Fé verdadeira
a Esperança
derradeira
de que libertos de
todo o mal
havemos de nos
salvar
e deixaremos de
sofrer
É o Cristo da
Kenose (1)
a gloriosa
metamorfose
de Deus que à Terra
veio morrer
para a Si mesmo Se ressuscitar
e ao Céu reascender
É o Jesus Cristo da
Parusia (2)
que em glória e
alegria
à Terra irá voltar
para a todos nos
salvar
Αλληλούια, HalleluJah, ALELUIA!
(1) Kenose- A completa auto-doação no amor,
como descrita por São Paulo no seu Hino aos Filipenses, 2, 6-9.
(2) Parúsia-A segunda vinda de
Jesus Cristo à Terra.
Vale
de Salgueiro, 22 de Março de 2008
Henrique
António Pedro
quarta-feira, 27 de março de 2013
Versos impressos no pó do caminho
Deixo versos impressos no pó do caminho
À ida
deixo poemas
suspensos no ar
e os rastos dos meus passos
impressos no pó do caminho
À volta
já a brisa do fim da tarde
lhes deu descaminho
desemaranhou os dilemas
e alisou as arestas dos rastos
Outros transeuntes vieram
os pisaram e deformaram
mas seria a chuva telúrica
a apagá-los definitivamente
dissolvendo o pó em lama
Poderiam ser maciços graníticos
piramidais
anónimos
erigidos no deserto
que teriam o mesmo fim
embora mais lenta fosse a agonia
ou mais funda a chaga
ainda assim
Mas os meus poemas têm o meu rosto
são os rastos indeléveis dos meus passos
que ninguém que preste
apaga
mesmo se os ignora
e não lê
Encontram-se
permanentemente
a perderem-se
na imensidão do Cosmos
e só o vento celeste
os dilui em eternidade
in Anamnesis (1.ª Edição: Janeiro
de 2016)