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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A balança da verdade



Tenho para mim
que humildade e dignidade
são um manancial de humanismo
uma fonte de esperança
um mergulho na humanidade

Tomo por balança a verdade
e por fiel o meu coração

Para viver a vida com heroísmo
livre de egoísmo
de sentimento ruim
ou cega ambição

Sem que a minha dignidade
tenha o contra peso do orgulho
a minha humildade a tara da vaidade
nem outra sombra de mal

E que a minha humildade
posta no outro prato da balança
em que coloco a minha dignidade
pese por igual
que o seu peso seja o amor
e bem pesado seja o seu valor


domingo, 21 de janeiro de 2018

Vou fugir para o futuro distante




Vou pôr-me a andar daqui
para fora
fugir para o futuro
distante
Já!
Agora!

Farto da miséria
da mentira e da guerra
da corrupção e da poluição
da tragédia que afecta toda a Terra
vou fugir para o futuro
distante
sem demora
e levar comigo todos a quem quero bem

Aqui
e agora
no presente
tudo que é bom é ausente
nalgum lugar distante

Aqui
já nem dá para sonhar
vou pôr-me a andar daqui
para fora
já e agora


quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Quando os poetas amam sinceramente…





Quando os poetas amam 
sinceramente
fazem do amor
poesia

Não se limitam a amar
tão somente
como toda a gente

Quando os poetas sofrem
verdadeiramente
fazem da dor
poesia

Não se resignam a sofrer
tão somente
como toda a gente

Quando os poetas amam 
sinceramente
não sofrem apenas suas dores
nem amam somente seus amores

Amam e sofrem
pelos demais
convertendo dores e amores
na divina fantasia
melodia de lamento e sofrimento
a que se chama poesia

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

A luz do amor



Há uma luz que vem de Deus
que tem origem fora do Universo

Uma luz que não é desviada
pelos corpos pesados em movimento
e a que se não aplica a Teoria da Relatividade
porque é absoluta verdade

Luz que não é atraída pelas galáxias
que distorcem a luz das estrelas
dando-nos uma imagem ilusória do Cosmos
como se projectada nas águas
ondulantes
de um lago

Entra por nós a dentro
reflecte-se na nossa alma
acalma os corações famintos
ilumina a escuridão da cega paixão
causadora da dor
adoça os instintos
e levanta o vento da amizade

Essa Luz

É a Luz do Amor!




domingo, 17 de dezembro de 2017

Presépio…


   
   

Projecto épico do Menino Jesus
nascido de Deus envolto em luz
no ventre da Virgem Mãe
advento de um novo tempo
marco indelével da História

Chama de amor e de paz
brilha na escuridão da guerra
que oprime toda a Terra
e traz a Humanidade refém
no engano da fugaz fama

É Cristo que para nossa salvação
triunfa em cada Natal
sobre a dor e o sobre mal
e nos redime em cada ano
rumo à celestial vitória

   Henrique Pedro

B O A S  F E S T A S


quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Nem sei se ainda por cá ando ou se já me fui embora







Esta melencolia que me assola
em dias de chuva aborridos
ou quando o sol poente
me deixa lânguido da saudade
de quem anda ausente
estando embora presente
é uma tristeza deliquescente
mais própria dos vencidos

Abandono-me à nostalgia emergente
e paro de me angustiar
viro as costas às perguntas do costume
que sei
de antemão
não terem respostas

É quando uma morrinha miudinha
me toma os sentidos
a ponto de não me sentir nada
nem ninguém
nem magma
nem matéria
em nada materializado 
em nenhum estado de espírito realizado
ocaso ou aurora

Fico sem saber se ainda por cá ando
ou se já me fui embora
se a poesia é coisa séria
ou não passa de uma pilhéria

Até que o ensejo de um bocejo
me faz despertar dessa sonolência demente
e retomar a vida corrente