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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Oh, que saudade saudosa!



Hoje

sem querer

dei comigo a lembrar

pessoas que conheci

e não voltei a ver

 

Terras de encantar por onde passei

ou fugazmente vivi

e aonde não tornei

 

Locais da selva onde acampei

campos de batalha onde combati

praias em que me banhei

templos em que orei

desilusões que sofri

 

Amores a que não fugi

outros tantos que evitei

para mais não sofrer

 

Sonhos do passado

que teimam ser sonhados

por não quererem morrer

 

Sítios de magia

repositórios de História e fantasia

almas a quem me irmanei

em campanha inglória

 

Aventuras cor-de-rosa

que não quero esquecer

que relembro com saudade

neste poema de amizade

a florir

 

É uma minha forma de amar

de verdade

e sofrer

com poesia

 

É uma saudosa saudade

a teimar

em não partir


Vale de Salgueiro, domingo, 26 de Abril de 2009

Henrique António Pedro

 

1 comentário:

  1. Estimado Amigo e Ilustre Poeta Henrique Pedro,
    Profundo e maravilhoso poema, lindo, cujas palavras senti tocarem-me.
    Por vezes essa saudade saudosa nos leva a recordar tempos passados, tempos que jamais virão mas que permanecem em nós nessa bela recordação.
    Só pessoas com sentimentos nobres conseguem transmitir esses sentimentos e viverem esses tempos, alguns belos outros bem dificieis, olhando para o futuro e dando graças a Deus por todas essas belas mensagens que a saúde nos deixou.
    Abraço amigo, aqui de terras do reino do Sião.

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