Também
sobre
mim
se
abateu
o manto opaco
da dúvida
que nada
me deixava ver
ouvir
sentir
saber
Encurralado
não
tinha como
nem para
onde fugir
Andava
perdido
como os demais
Vivia dias
de pesadelo
com medo
de viver
noites
em vigília
gritando
com medo
de dormir
Desesperado
atirava
pedras aos sonhos
para os
espantar
mas os
sonhos regressavam
voando
em bando
teimando
em não me largar
Era eu
que não me dava por vencido
Acabei
por compreender
que só acorda
quem se não
deixa adormecer
e só
vive quem sonha
e atira
pedras aos sonhos
Amo leitura.Amo poesia, poema, soneto e trovas...
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