XXX
Terra Mater
Enlevam-se o meu
olhar e o meu coração
Perante este mar
de oliveiras prateadas
Meu bendito berço
de mil colinas encantadas
Toma-se o meu ser
da mais sentida comoção.
Bandos de aves
livres voam em livre formação
Pela branda brisa
do cair da tarde embaladas
São pela santa
Mãe Natureza abençoadas
Dão asas e graça
à sua natural paixão
Terra sem igual
sagrada pela oliveira
É aspergida por
espiritual quietude
É ganha-pão de
gente simples, pura e ordeira
Que nos úberes
vales de rio e de ribeira
Com amor cultiva
essa agrária virtude
Queira Deus haja
paz igual na Terra inteira
Vale de
Salgueiro, 19 de Abril de 2008
Henrique Pedro
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