Demoro-me a
pensar
no presente
no passado
e no futuro
em todos os
tempos
por momentos
eu fico a
morar
No futuro ainda
não vivido
no presente sofrido
no passado recordado
Vivo de sonhos
de lembranças
de esperanças
das sensações
que a cada momento
o mundo me
causa
sem pausa
de pensamento
ou sentimento
Não foi igual
ao de anteontem
o meu futuro
de ontem
Nem o meu
futuro de hoje
será igual ao
de amanhã
nem o de
amanhã
será igual ao
de depois de amanhã
de todos ando
ausente
Nem o meu
futuro do futuro
será igual ao
futuro presente
Só na minha
mente malsã
o futuro de
ontem que não é o presente
será o passado
de amanhã
Futuro eu
que não sei
que futuro
Deus me deu
Vale de Salgueiro, terça-feira, 9 de Outubro de 2012
Henrique António Pedro
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