Hoje
sem querer
dei comigo a lembrar
pessoas que conheci
e não voltei a ver
Terras de encantar por onde passei
ou fugazmente vivi
e aonde não tornei
Locais da selva onde acampei
campos de batalha onde combati
praias em que me banhei
templos em que orei
desilusões que sofri
Amores a que não fugi
outros tantos que evitei
para mais não sofrer
Sonhos do passado
que teimam ser sonhados
por não quererem morrer
Sítios de magia
repositórios de História e fantasia
almas a quem me irmanei
em campanha inglória
Aventuras
cor-de-rosa
que
não quero esquecer
que
relembro com saudade
neste
poema de amizade
a
florir
É uma minha forma de amar
de verdade
e sofrer
com poesia
É uma saudosa saudade
a teimar
em não partir
Vale
de Salgueiro, domingo, 26 de Abril de 2009
Henrique
António Pedro
in
Anamnesis (1.ª Edição: Janeiro de 2016)
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