Fico parado
por vezes
a pensar
A pensar que penso
só porque penso
Alheado por fora
fascinado por dentro
Sem me aperceber
sequer
do vento
que por dentro
me perpassa
sem graça
vazio de sentimento
nem quente
nem frio
A olhar o vazio
sem adormecer
a pensar que penso
só porque penso que penso
Fora de mim a mim nada me diz
dentro de mim a mim nada me
digo
sem penas nem dilemas
em minha mente
o meu coração nada sente
apenas penso
no meu umbigo
Entremente
rumino poesia
regurgito poemas
somente
A pensar que penso
simplesmente
demente
só porque penso que penso
Vale de Salgueiro, domingo, 11
de Julho de 2010
Henrique António Pedro
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