De mão dada
Eu e minha nova
namorada
Turca
Nas ruas de
Cabul
Ambos vestidos
de burca
Paramos à
porta de Shah Muhammad Rais
O livreiro
Célebre no
mundo inteiro
Não nos atrevemos a entrar
Porque para
mulher afegã
Aprender a ler
e a escrever é demais
E nós não
estamos aaqui para
namorar
Tão pouco para
por vias disso morrer
Jamais
Assim
disfarçados a nossa missão
Desta manhã
É militar
Mas estamos
ambos tão enamorados
Que fazer
sexo é um desejo enorme
E para nós tem
nexo
Teremos que
aguardar
Porém
Por leis e
locais
Mais
aprazados
Se tudo
correr bem
E conforme
Afeganistão,
Ponto GPS Burca, 20082005
Brian
P. Smith
Apostila:
Estou
em Cabul desde a semana passada, no cérebro da guerra, depois de um helicóptero
Chinook me ter resgatado dos picos das montanhas.
Muito
em breve serei de novo lançado às feras, bem para o centro dos combates que
decorrem lá para os lados da vila de Pushghar, no Vale Panjshir.
Entretanto
cumpro as mais doces e perigosas missões que imaginar se pode. Ao lado de uma
linda cidadã turca, que também ali está, como eu, ao serviço das forças da
NATO.
Terá
algum efeito local a recente Resolução do Parlamento Europeu sobre os direitos
das mulheres no Afeganistão? Duvidamos.
Quem vai ganhar esta guerra e o que acontecerá
a seguir? Maiores são as nossas dúvidas.
Apercebemo-nos
de que a nossa mútua vontade de fazer amor é latente.
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